O mundo das válvulas não será mais o mesmo: a FPT Powertrain Tegnologies, subsidiária do Grupo Fiat, apresentou hoje ao Brasil a tecnologia MultiAir, que atua sobre o comando de admissão de ar no motor. A tecnologia deve estrear na próxima semana com o lançamento do Alfa Romeo MiTo na Europa, sendo o primeiro carro a utilizar o sistema. Para o Brasil, a empresa prometeu que, dado o sinal verde da matriz, a tecnologia pode ser fabricada por aqui em até dois anos.
Mas, o que é o MultiAir? A tecnologia controla o tempo e a levantamento das válvulas durante o ciclo de admissão do motor. ‘No motor de ciclo Otto (motores convencionais), o que comanda o motor é a entrada de ar e é aí que o MultiAir atua. No motor movido a diesel esse comando é feito pelo controle da entrada de combustível’, informa Erlon Rodrigues, engenheiro da FPT.
Com o sistema, a válvula de admissão pode abrir mais ou menos e até mais de uma vez no mesmo ciclo, sendo controlado por uma central eletrônica que colhe informações sobre o tipo de condução do motorista para determinar como e o quanto a válvula deve atuar para fornecer a melhor performance.
Segundo a FPT, a empresa está apta à fornecer a tecnologia MultiAir para outras montadoras, além das que também pertencem ao Grupo Fiat (Fiat, Iveco, Alfa Romeo, Lancia, Abarth, entre outras). Como o sistema é modular, ele pode se adaptar inclusive a motores já existentes, já que altera apenas a arquitetura do cabeçote.
A subsidiária da Fiat não falou especificamente em valores, mas indicou que o custo para o consumidor ‘não será nada que ele não se possa pagar’, sendo que os carros com o MultiAir serão mais caros que os convencionais, porém, mais baratos que os equipados com turbo.
A empresa informa que o novo sistema pode gerar uma economia de combustível de até 25% se o motor for equipado com turbo compressor. Sem o equipamento, o consumo é 10% inferior. As emissões também caíram: 40% de redução de hidrocarbonetos e óxidos de carbono (CO) e 60% de queda nos índices de NOx. Porém, a potência subiu 10% e o torque fica 15% superior que o de um motor de mesma cilindrada sem o MultiAir.
Antes de lançar o sistema, a FPT gastou 100 milhões de euros (R$ 268,7 milhões) no desenvolvimento da tecnologia, além das 20 mil horas e 2,3 milhões de quilômetros de testes.
Retirado de iCarros
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