"Um eventual apoio a RHJI não está em nossos planos", informou o porta-voz do Governo, Ulrich Wilhelm, em alusão à carta enviada pelo secretário de Estado de Economia, Jochen Homann, à direção da General Motors (GM).
Apesar de a postura alemã parecer inegociável nesta questão, Wilhelm insistiu em que o governo de Berlim confia na possibilidade de um acordo e ressaltou que este só poderá ser alcançado "em um clima construtivo e não de confronto".
A direção da GM adiou na sexta-feira passada uma decisão sobre o futuro de Opel, diante das duas ofertas de aquisição de sua marca europeia, a do fabricante de autopeças austríaca-canadense Magna, em cooperação com o grupo automobilístico russo GAZ e o banco Sberbank, e a do grupo investidor belga RHJI, pertencente ao americano Ripplewood.
Em uma entrevista à rede de televisão pública "ZDF", a chanceler Angela Merkel manifestou sua decepção pela indecisão da GM.
Merkel expressou, apesar de tudo, sua esperança que o problema se resolva em breve.
O comitê de empresa de Opel ameaçou empreender "ações" contra a General Motors (GM) se a decisão sobre o futuro da empresa não for tomada esta semana.
O presidente do comitê da empresa, Klaus Franz, afirmou hoje em declarações à emissora de rádio "Deutschlandfunk" que a paciência dos trabalhadores se esgotou e que ninguém pode aceitar que a General Motors não tenha tomado ainda uma decisão.
Wilhelm, por outro lado, diminuiu hoje a urgência do assunto e assinalou que a situação de Opel é estável e que a liquidez está garantida graças à injeção de 1,5 bilhões de euros dada pelo governo alemão no fim de maio.
O porta-voz afirmou que a próxima reunião formal da direção da General Motors não está prevista até os dia 8 ou 9 de setembro, pelo que não se deve esperar que a decisão seja feita antes.
Por outro lado, o porta-voz governamental disse que na Alemanha não há indícios que a GM possa ter outros planos que não sejam a venda de Opel, como insinuam vários meios de comunicação do país.
Uma das opções cogitada é que a GM mantenha a Opel e comande ela mesma sua reestruturação.
A Magna está disposta a pagar 350 milhões de euros e títulos conversíveis no valor de 150 milhões, pedindo 4,5 bilhões em avais.
Já a RHJI ofereceu entrar com um capital de 275 milhões de euros e pede garantias públicas que variam de 3 a 3,8 bilhões de euros.
Retirado de UOL Carros
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