Chevrolet Cruze: sedã médio importantíssimo para a Chevrolet, que procura resgatar seu prestígio no seguimento, que (ganhou e) perdeu com o Vectra. O Cruze é um sucesso em vários outros países, e como já está nas concessionárias, parece que pode repetir o sucesso por aqui, segundo os primeiros contatos com os brasileiros. Para se ter uma ideia, o americano é o carro de passeio que mais vende em sua terra natal, perdendo só para as famosas picapes.
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A frente do Chevrolet é mais ousada e "invocada" do que outros ângulos. |
Eu começava dizendo que ambos tinham objetivos parecidos, mas eram bem diferentes, a começar pelo design: o Cruze é bonito, ponto. O Cruze é conservador, outro ponto. Será que dá pra ser os dois ao mesmo tempo? Alguns carros já provaram que não, mas esse sedã faz justamente ao contrário.
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Cruze parece ser mais bonito ao vivo. |
Ele foi o primeiro carro projetado para tirar a empresa "do buraco", com o objetivo de ser global (será produzido em oito países e vendido em mais de 70, dados enfatizados a exaustão pela marca, que quer transmitir atualidade); além disso, inaugurou a nova identidade visual da Chevrolet, com a grade dividida e friso cromado no porta-malas.
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As rodas são belas. |
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A tela não é sensível ao toque. |
A versão mais barata do sedã americano, a LT e que custa R$ 69.900, traz de série airbag duplo, freios ABS com EBD e controles de estabilidade e tração, entre outros. Couro só na versão automática (veja mais abaixo).

O Cruze estreia no Brasil o motor 1.8 Ecotec 16V Flex, que rende 140 cv (e você já viu nos Tweets da Semana). Ele é derivado do Ecotec 2.4 que equipa o Malibu, portanto, é bem moderno, mas, segundo Quatro Rodas, parece herdar a fama de beberrão do antigo 1.8 Família da marca. As opções de câmbio são duas, ambas com seis marchas, uma manual e outra automática - essa, com opção de trocas sequenciais.
O novo motor leva o sedã de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 204 km/h com etanol; com gasolina, vai de 0 a 100 em 11 segundos e chega aos 203 km/h, isso tudo no caso da versão manual. Com câmbio automático, leva 11,4 segundos e atinge 197 km/h com etanol; com gasolina os números, respectivamente, são: 11,7 segundos e 197 km/h.
Nas medidas, o Cruze tem 2,69 metros de entre-eixos, com 107 cm de espaço para pernas na dianteira e 90 cm na traseira. O porta-malas do Cruze também tem um bom tamanho, com 450 litros (contra 340 do Civic, 420 do Elantra, 470 do Corolla e 510 do Jetta).
Eu leio todo esse texto e cada vez mais, percebo: o Cruze tem tudo para ser o novo Corolla. Os japoneses podem ter excelente fama, mas tanto Honda quanto Toyota já anunciaram recalls gigantescos; ambos, pelo menos nosso mercado, já estão defasados; e cansam por quando mudarem, ser pouco demais, primeiro foi o Corolla, e agora, o Civic. Então, espero que os novos concorrentes mudem o jogo e voltem a transformá-los em competitivos de novo.
E além disso tudo, o Cruze é completo, tem bom preço, garantia de três anos sem limite de quilometragem (não é um JAC, mas...) e é muito mais bonito que o Corolla, que piorou depois do último facelift. Tá na hora de dar uma mudada no seguimento, e aposto no Cruze (junto com o Elantra) para fazer isso. Cruze e Elantra, com certeza, podem ser os novos Corolla e Civic da vez. Potencial eles têm, marcas também, preço igualmente. O que falta?
Chevrolet Cruze
*Acabei o texto do mesmo jeito que acabei o comparativo, e para quem gostaria de saber o resultado: o Cruze ganharia por décimos a mais, mas no fim, decidi dar um empate técnico, afinal, a escolha teria que ser pela identidade de cada marca e o design, mais conservador em um, esportivo no outro.
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Fontes: Revista Quatro Rodas | InterpressMotor | UOL Carros