Motor EcoBoost 1.0 no Focus europeu. (Reprodução de Carro Online) |
A Ford brasileira, pela primeira vez, tocou no assunto EcoBoost. O nome diz respeito a uma família de motores, com a tal tecnologia, que são super-conceituados por onde passam. Isso se deve ao fato de ter alta eficiência e render boas marcas em áreas como potência e torque: uma verdadeira maravilha do mundo moderno. É uma pena, porém, que a tecnologia EcoBoost demore tanto tempo para chegar ao mercado brasileiro como os novos EcoSport e Ranger e algumas outras novidades da marca.
O assunto já foi discutido aqui no FVC. Ultimamente, a marca está "dormindo no ponto" aqui no Brasil: os motores EcoBoost representam exatamente isso. Lá na Europa, o novo EcoSport usará um motor com essa tecnologia, por que não aproveitar e lançá-lo com o tal motor por aqui? Não... vamos utilizar o Sigma (que é moderno, é verdade, mas inferior ao EcoBoost 1.0) e reaproveitar o velho Duratec 2.0 em outras versões.
O brasileiro sabe que, das quatro grandes, muitas vezes a Ford é a que se sai melhor em seus projetos: Focus, Ranger e Novo EcoSport são exemplos a se seguir em seus seguimentos, mas a demora incomoda com absoluta certeza. Também já poderíamos ter o Novo Focus por aqui.
Mas os tais motores valem tudo isso? Sim. A versão 1.0 é um sucesso de vendas (responde por um quarto no caso do Focus europeu) e o motor também foi eleito o Motor do Ano (International Engine Of The Year), tirando o atraso de 13 anos da Ford na premiação, e ainda levando mais dois prêmios em outras duas categorias.
Fusion deve ser o primeiro modelo, em sua nova geração, a contar com o EcoBoost em sua versão 2.0 no Brasil. (Ford) |
Também, pudera: com 100 ou 125 cv, (a média dos tradicionais 1.0 é de 70 cv no Brasil), o propulsor é equipado com turbo e pesa apenas 95 kg, mais leve que seus concorrentes comuns. Além disso, promete consumo na casa dos 20 km/l, uma marca relativamente longe dos brasileiros e próxima apenas de motores a diesel.
A revista Quatro Rodas já testou o Ford Focus 1.0 EcoBoost na Europa, e diz que o hatch médio anda mais que 1.6 e dá lição de eficiência: "mais desempenho com menor consumo, mantendo a dirigibilidade exemplar de um Focus e pagando menos...". Este último item, aliás, também poderia beneficiar os brasileiros, já que a taxação de impostos é menor para motores dessa cilindrada.
De renegado à estrela: a ascensão do EcoBoost no Brasil
A versão apresentada aos brasileiros foi a 2.0, no 2º Workshop Ford de Tecnologia, em São Paulo. Podendo ser 20% mais econômico e chegando a reduzir em até 15% as emissões de CO2, a tecnologia combina injeção direta de combustível, turbo de baixa inércia e duplo comando independente de válvulas variável para funcionar. No caso dessa versão apresentada, a ideia é gerar um motor com todas essas qualidades só que menor e com potência equivalente ao de um 3.5 V6 convencional.
Segundo a Autoesporte, o New Fiesta nacional (que você poder ver aqui na Start&Stop) deverá ser equipado com o EcoBoost, assim como o Novo Ka. Agora, só falta a marca se mexer para ser mais rápida com suas novidades, e botá-las logo no mercado, incluindo aí o motor EcoBoost que, por muito tempo, diziam que não seria comercializado no Brasil (a linha de montagem europeia desses motores custou 134 milhões de euros).
A estreia porém, dos 34,69 mkgf de torque e 240 cv da versão 2.0, deverá ser no Novo Fusion (que será apresentado no Salão), já que Volker Haumann, gerente de motores da Ford América do Sul, disse que o modelo equipado deverá ser de grande porte. O objetivo da Ford é que, até 2013, 90% da sua linha seja equipada com a família EcoBoost.
Talvez, como Renault, Hyundai e Toyota cobiçam o quarto lugar em vendas do nosso mercado, a marca tenha pensado melhor em não trazer os modernos motores. Com a mudança de ideia, fez muito bem, e já representa um grande passo para acabar com a lentidão que vem rondando a Ford brasileira ultimamente.
[Ford, Autoesporte, Quatro Rodas, MotorDream, iCarros, Carro Online]
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