A suposta fraude teria deixado a os credores não-segurados da Chrysler "impossibilitados de reivindicar estes ativos a fim de satisfazer seus direitos", alegaram em processo aberto na segunda-feira em um tribunal de falências federal de Nova York.
Os credores foram autorizados a abrir o processo na semana passada pelo juiz de falências Arthur Gonzalez. Um porta-voz da Daimler afirmou, à época, que não havia mérito na ação.
Em documentos do tribunal entregues na semana passada, a Daimler disse que "cultivou" a Chrysler durante nove anos antes de vender sua parte controladora à Cerberus a um preço que representou um "grande prejuízo", como parte de um acordo que incluiu o perdão da dívida inter-empresarial de 2 bilhões de dólares da Chrysler com a Daimler.
Os credores alegam que a Daimler tinha conhecimento já em 2006 de que sua fusão com a Chrysler havia sido um fracasso, e que, ao perceberem o tamanho das dívidas da Chrysler, a alemã Daimler teria decidido cortar seus vínculos com a montadora norte-americana para evitar a responsabilidade sobre a obrigações de bilhões de dólares da Chrysler.
Os credores acusam a Daimler de ter planejado as "transferências fraudulentas" de ativos da Chrysler e buscam uma indenização, a ser determinada por um júri.
A Daimler comprou a Chrysler em 1998, mas não conseguiu integrar as marcas de massa com seus negócios de luxo na Mercedes.
A Cerberus então comprou o controle da Chrysler no fim de 2007, quando as vendas já começavam a despencar com a acentuada contração de vendas de automóveis nos Estados Unidos, a partir de 2008.
A Chrysler entrou com pedido de concordata em abril deste ano, e o juiz de falências Arthur Gonzalez abriu caminho para que a Chrysler saísse da proteção judicial em junho já dentro de uma operação que daria o controle operacional da terceira maior montadora norte-americana à italiana Fiat.
A venda, financiada e conduzida pelo governo dos EUA, deu a propriedade sobre a Chrysler a um fundo de pensões ligado ao sindicato United Auto Workers e aos governos dos EUA e do Canadá.
Retirado de UOL Economia
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