De segundo colocado à oitavo (pior colocação do modelo, em setembro de 2011), o Palio IV agonizava no mercado: era considerado feio e um fardo para a Fiat por não vender o que deveria, atrás até mesmo do Palio Fire (com carroceria antiga), o que vinha acontecendo já fazia um bom tempo.
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A situação piorou com a chegada da segunda geração do Uno e a solução encontrada foi "deixar" o novo modelo ser o carro-chefe da marca italiana, pelo menos por um tempo. Mas agora, enfim, o Palio ganha uma nova geração, e o grande mistério é se ele voltará a vender o que ele vendia. E se isso acontecer, quem vai perder em vendas: Uno, Mille, Celta, Gol...?
O Novo Palio também existe graças ao Uno por compartilhar a mesma plataforma, modificada. Além dos novos motores Fire EVO estreados pelo hatch (nem tão) mais barato. Mas o motor 1.0 (de 73/75cv e 9,5/9,9kgfm) é um erro no Palio, que deveria começar no 1.4 (85/88 cv e 12,4/12,5 kgfm), ainda assim, deve ser a versão mais vendida.
Além dos motores Fire Evo, o Palio recebe o elogiado 1.6 16V E.torQ (115/117cv e 16,2/16,8 kgfm de torque), que não está disponível no Uno. O E.torQ 1.8 será "exclusivo" do Punto, para não gerar uma nova briga dentro de casa.
O Palio também tem dois diferencias perante a concorrência e ao Uno: o câmbio Dualogic automatizado (por enquanto, só na Essence 1.6, mas em breve na Attractive 1.4) com trocas de marchas em borboletas atrás do volante, como era no Stilo, e que só está disponível entre seus concorrentes no Gol. Além disso, terá como opcional o volante multifuncional, que deixava o Palio IV defasado diante de seu maior concorrente, já que não possuía o item nem como opcional.
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Falando em equipamentos, a Fiat decepciona quem esperava um modelo mais completo. Na versão de entrada, Attractive 1.0, apenas direção hidráulica e limpador e desembaçador do vidro traseiro são de série. Vidros e travas elétricas, ar-condicionado, ABS e airbag são todos opcionais, efeito do aumento do IPI justamente para os compactos mais completos? A versão Attractive 1.4 acrescenta chave com telecomando, abertura do porta-malas através do logo (igual ao Bravo) e rodas aro 14.
A Essence 1.6 melhora (bem) pouco, incluindo vidros dianteiros e travas elétricas e rodas aro 15. Só. Na Sporting, também 1.6, acrescenta-se rodas de liga-leve aro 16. Mas ABS e duplo airbag que é bom, só como opcionais em todas as versões, assim como cinto de três pontos para o passageiro central. Como consolação, há encosto de cabeça para o ocupante do meio.
Apesar dos poucos equipamentos, a lista é melhor do que a do Uno, que é ainda mais pelado. O compacto é, na verdade, um carro de entrada "disfarçado" de que está um degrau acima, assim, muita gente não vê que o Uno é tão pelado quanto Mille e Gol G4.
DESIGN PRA NINGUÉM BOTAR DEFEITO
Quanto ao design, se o Uno é quadrado e procura agradar por ser "fofo" e diferente, o Palio vai mais na linha do Gol, procurando agradar à todos, com linhas mais comuns e arredondadas. Ambos são muito bonitos, mas o Uno é um "Soul para quem não tem tanto dinheiro" (o que não é nem um pouco ruim), e o Palio é mais comum mesmo. Por exemplo, se eu tivesse que dar uma nota, apesar de serem contrastantes, eu daria a mesma para os dois.
Quanto ao design, se o Uno é quadrado e procura agradar por ser "fofo" e diferente, o Palio vai mais na linha do Gol, procurando agradar à todos, com linhas mais comuns e arredondadas. Ambos são muito bonitos, mas o Uno é um "Soul para quem não tem tanto dinheiro" (o que não é nem um pouco ruim), e o Palio é mais comum mesmo. Por exemplo, se eu tivesse que dar uma nota, apesar de serem contrastantes, eu daria a mesma para os dois.
O Palio não tem preocupação em mostar que se inspirou no Punto, de Giorgetto Giugiaro (veja mais ao lado), para agradar e fazer sucesso. O resultado é muito bom, ao contrário do que aconteceu com a última geração. Mas que muita gente vai achar que o Palio é o Punto, isso vai, antes mesmo do lançamento já escutei isso, a frente é muito semelhante.
Na traseira, a lanterna chama a atenção e segue as novas tendências, principalmente dentro da Fiat. Ela é uma tentativa bem-sucedida de juntar as antigas lanternas do Palio (voltando à interferir no vidro, o que só não aconteceu nesta última)com um pouco de cada hatch presente na gama da marca hoje, e num geral, toda a traseira é assim.
A lateral também é moderna e vincada. Mas são vincos diferentes dos do Novo Uno, que são mais suaves mas também estão ali. Se você olhar a diferença entre Uno e Palio e depois lembrar do Gol, a impressão é de que o Palio é perfeito para bater de frente com o inimigo público número um, o que já não se pode dizer do Uno, menor e muito diferente do VW.
Outra coisa que o Palio herdou do Novo Uno são os adesivos. O Palio também pode ser personalizado na concessionária, assim como o irmão menor e o Fiat 500.
Falando em Cinquecento, a Quatro Rodas disse que o Palio subiu tanto na qualidade de acabamento que está muito próximo do compacto mais premium, o que se é de parabenizar, afinal, o 500 vai para os EUA, e os brasileiros não estão muito acostumados a serem tratados de igual para igual. O interior realmente surpreende, principalmente na versão top, a Sporting, com um cinza mais claro e detalhes em vermelho. É mais um lançamento que tem um bom interior.
Ainda sobre o interior, os materiais parecem os usados no Uno, mas, na verdade, se trata mais de um family-feeling, já que a qualidade é superior. O Palio também herdou itens do Punto, como os repetidores de seta. Ou seja, podemos perceber Palio ganhou bastante coisa de carros mais caros (já foram citados Punto, Stilo e Bravo), são pequenas, mas é legal ver isso; assim como saber que o volante multifuncional da linha Gol é o mesmo do Passat CC.
O que chama bastante atenção é o quadro de instrumentos com LCD branco, novos grafismos e ponteiros iluminados em toda a barra, onde a disposição dos elementos é em 3D. Ele conta com o WelcomeMoving: ao girar a chave de ignição os ponteiros realizam um movimento para checar se estão funcionando bem e fazem uma saudação ao motorista. A iluminação do quadro de instrumentos acende e apaga gradativamente, acompanhando o movimento dos ponteiros.
Na traseira, a lanterna chama a atenção e segue as novas tendências, principalmente dentro da Fiat. Ela é uma tentativa bem-sucedida de juntar as antigas lanternas do Palio (voltando à interferir no vidro, o que só não aconteceu nesta última)com um pouco de cada hatch presente na gama da marca hoje, e num geral, toda a traseira é assim.
A lateral também é moderna e vincada. Mas são vincos diferentes dos do Novo Uno, que são mais suaves mas também estão ali. Se você olhar a diferença entre Uno e Palio e depois lembrar do Gol, a impressão é de que o Palio é perfeito para bater de frente com o inimigo público número um, o que já não se pode dizer do Uno, menor e muito diferente do VW.
Outra coisa que o Palio herdou do Novo Uno são os adesivos. O Palio também pode ser personalizado na concessionária, assim como o irmão menor e o Fiat 500.
Falando em Cinquecento, a Quatro Rodas disse que o Palio subiu tanto na qualidade de acabamento que está muito próximo do compacto mais premium, o que se é de parabenizar, afinal, o 500 vai para os EUA, e os brasileiros não estão muito acostumados a serem tratados de igual para igual. O interior realmente surpreende, principalmente na versão top, a Sporting, com um cinza mais claro e detalhes em vermelho. É mais um lançamento que tem um bom interior.
O que chama bastante atenção é o quadro de instrumentos com LCD branco, novos grafismos e ponteiros iluminados em toda a barra, onde a disposição dos elementos é em 3D. Ele conta com o WelcomeMoving: ao girar a chave de ignição os ponteiros realizam um movimento para checar se estão funcionando bem e fazem uma saudação ao motorista. A iluminação do quadro de instrumentos acende e apaga gradativamente, acompanhando o movimento dos ponteiros.
Outra coisa que a Fiat trouxe do Punto, Linea, Bravo, Uno... para o Palio é o logotipo estilizado, com o P como se fosse o mastro de uma bandeira usada no esporte palio, praticado em Siena, na Itália. Essa técnica apareceu por aqui com o Punto, que tinha em seu "P" um boneco dirigindo.
EM FASE DE CRESCIMENTO
Indiretamente, o Palio também pode concorrer com Fox, Agile e Sandero, o que já é território do Punto, então, é melhor aquela evolução chegar logo para o hatch mais caro, Fiat!
EM FASE DE CRESCIMENTO
Indiretamente, o Palio também pode concorrer com Fox, Agile e Sandero, o que já é território do Punto, então, é melhor aquela evolução chegar logo para o hatch mais caro, Fiat!
Contribui para isso o crescimento do Palio: no comprimento, são 3 cm a mais (totalizando 3,88 metros); já a altura ganhou impressionantes 6 cm, e ficou com 1,51 m (pra se ter uma ideia, o Fox tem 1,54); quanto ao entre-eixos, houve um aumento de bons 5 cm, com 2,42 m, garantindo espaço interno mais amplo, principalmente atrás, com 10 cm a mais para as pernas.
O porta-malas tem 280 litros, mas como utiliza a mesma tecnologia do Uno, pode ganhar 5 ou 10 litros a mais conforme a posição do encosto do banco, portanto, chega a um empate com o VW Gol, em 285l, e com o próprio Uno, que tem os três mesmos números (280, 285 ou 290).
O Palio cresceu, ficou bem mais bonito, ganhou itens modernos, como Cruise Control (piloto automático) e até side bags (airbags laterias)! E o melhor: não mudou de preço (na versão de entrada, ficou alguns poucos reais mais baratos). É claro que a Fiat poderia ter caprichado um pouco mais nos itens de série, mas até que dá para entender.
Vejamos o Gol, que começa na mesma faixa de preço e é tão pelado quanto, não tendo direção hidráulica de série na versão 1.0 de entrada, já é uma vantagem ter ela de série no Palio. Ainda mais visto que os concorrentes mais equipados terão "problemas" com o novo IPI, senão, queria ver se o Novo Palio seria tão fraco assim na lista de itens de série.
O porta-malas tem 280 litros, mas como utiliza a mesma tecnologia do Uno, pode ganhar 5 ou 10 litros a mais conforme a posição do encosto do banco, portanto, chega a um empate com o VW Gol, em 285l, e com o próprio Uno, que tem os três mesmos números (280, 285 ou 290).
O Palio cresceu, ficou bem mais bonito, ganhou itens modernos, como Cruise Control (piloto automático) e até side bags (airbags laterias)! E o melhor: não mudou de preço (na versão de entrada, ficou alguns poucos reais mais baratos). É claro que a Fiat poderia ter caprichado um pouco mais nos itens de série, mas até que dá para entender.
Vejamos o Gol, que começa na mesma faixa de preço e é tão pelado quanto, não tendo direção hidráulica de série na versão 1.0 de entrada, já é uma vantagem ter ela de série no Palio. Ainda mais visto que os concorrentes mais equipados terão "problemas" com o novo IPI, senão, queria ver se o Novo Palio seria tão fraco assim na lista de itens de série.
NO FINAL...
Com essa nova geração, a Fiat resolve o principal problema do Palio: o design. E com isso resolvido, é muito difícil que ele não volte a vender o que vendia. Quero só ver as vendas do Uno, se continuarem as mesmas, quem é que sofrerá?
Ambos têm condições de chegar à liderança, mas eu aposto que o Uno perderá forças, ficando na casa de 10 a 15 mil vendas, enquanto o Palio ficará próximo do Gol, pois ele nunca conseguiu de fato passar o Volkswagen em meses seguidos (veja mais ao lado).
O Palio é lançado com aquela sensação: "há alguma dúvida de que esse carro fará sucesso?", assim como foi com o Gol (e até com o Uno), não há incertezas, pode apostar: a briga entre as duas montadoras vai pegar fogo. E a resposta é não, a não ser que uma boa macumba role nos bastidores.
Novo Palio 2012
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Fontes e fotos: Fiat/Divulgação | Quatro Rodas | Vrum