O desenvolvimento do Cobalt levou cinco anos, segundo a GM.
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A Chevrolet nem tentou "mascarar" o objetivo do carro: ser bom, bonito (o que pode ter passado longe, dependendo do ponto de vista) e barato. Com excessão de ser bonito, ele parece que não vai fazer feio em conquistar o seu objetivo, de concorrer de igual para igual com o Renault Logan, que parece vender tanto quanto água.
O carro tem 4,47 metros de comprimento, 1,73 m de largura, 1,51 m de atura e entre-eixos de 2,62 m - maior que do Linea e do recém-chegado Versa, e empatado tecnicamente com o do Logan (2,63 m). Assim, ele faz parte de uma categoria recente, mas pouco difundida: "sedãs médios compactos", agora, finalmente, achamos uma categoria para ele e milhares de outros sedãs, como VW Polo, Fiat Linea, Kia Cerato, Honda City e Ford New Fiesta!
O carro é bem equipado desde a versão de entrada, a LS - que custa R$ 39.980, com direção hidráulica, ar-condicionado, travas elétricas, chave canivete com abertura à distância, banco do motorista com regulagem de altura, mostrador digital e desembaçador traseiro, entre outros (veja o conteúdo e preços das outras versões no box ao lado).
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Mas você vai dizer que o Logan começa nos R$ 29.000 e pouquinho. Sim, você está certo, mas o Logan nesse valor é tão pelado quanto um Fiat Mille. Para você ter um Logan equivalente ao Cobalt, precisa ser o Expression (R$ 30.850), com motor 1.0, ou o Expression Automático 1.6, de R$ 41.950.
Como o Cobalt só tem o motor 1.4 Econo.Flex atualizado - que rende 97/102 cv (g/e), chega de 0 a 100 km/h em 11,9/11,5 segundos e atinge 170 km/h - por enquanto (a Chevrolet já disse que um motor 1.8 chegará em breve, assim como um câmbio automático de seis marchas), sim, o Cobalt poderia ser um pouco mais barato, já que pode concorrer com as duas varições Expression do Logan. Acontece que ele é mais carro que o seu concorrente, e tem um acabamento muito melhor.
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Para se ter uma ideia, além desses dois fatores, a revista Quatro Rodas disse que o sedã chega a ser tão grande quanto ou maior em espaço interno que o Cruze, que teoricamente deveria ser maior por ser mais caro. Ela também comparou o acabamento com o novo sedã médio da "Chevy", e disse que o Cobalt não fica muito atrás.
Segundo a Chevrolet, o sedã tem um comportamento dinâmico similar ao de carros europeus: firme nas curvas, mas confortável e com ótima absorção das irregularidades do solo, com condução suave e agradável, com foco no conforto. O trabalho na suspensão também focou na minimização dos ruídos e vibrações.
O Cobalt é mais moderno (dá uma olhada nos mostradores, que são parecidos com os da linha Sonic/Aveo), é um carro global - será vendido em mais de 40 países e fabricado em quatro lugares ao redor do mundo, foi projetado no Centro Tecnológico da GM do Brasil e passa a sensação de ser um carro superior, de uma categoria acima, diante do Logan.
Apesar disso, o Cobalt não engana ninguém, ele é feio e esquisito sim, e como a própria GM divulgou para a imprensa, "é um carro construído de dentro para fora". Mas como gosto é muito particular e o Logan (aliás, quase toda a gama da Renault) provou, design não é tudo, isso provavelmente não afetará nem um pouco as vendas do Cobalt.
A frente do sedã te leva à pensar que ele é o sedã do Agile, mas não se engane, ele não tem nada compartilhado com o hatch (a sua nova plataforma vem da do Corsa europeu, por isso ele foi flagrado por aqui - e ainda é, já que servem de mula para a nova minivan da marca), a não ser a filosofia de design, é o tal do family-feeling.
Além disso, os olhos de E.T. (ou, para alguns, os faróis) são parecidos mas diferentes. O Cobalt tem um detalhe como se fossem "cílios" logo abaixo e a grade está mais para modelos internacionais do que para a mal-feita do Agile e da Montana. Se não fosse pelo farol, que parece ser pequeno para o carro, a frente do Cobalt seria infinitamente melhor, repare no restante das linhas, elas são simples, mas modernas e bonitas, assim como a lateral do modelo.
Quando se chega na traseira, a situação melhora um pouco, e as linhas simples, modernas e bonitas continuam. O problema da lanterna do conceito foi resolvido, ainda bem (parecia um tunning mal feito com aquelas coisas de sci-fi) e a traseira acaba se tornando o melhor ângulo deste sedã.
Como já havia falado, o Cobalt tem o DNA americano, com o jeito do antigo Cobalt (o nome vem de um antigo sedã americano). Ele realmente parece um sedã projetado para os EUA, e poderia ter até que um relativo sucesso por lá no atual momento. Preste atenção na lateral, há um vinco "saindo" da lanterna que lembra o de muscle-cars americanos, como o do próprio Camaro, mas aqui ele é bem menos acentuado, é mais discreto.
A Chevrolet quer vender 3.500 unidades por mês da sua nova aposta. O Logan, em outubro, vendeu 3.239 unidades. O Cobalt tem chance de alcançar a sua meta e conquistar os brasileiros; eu comecei a escrever esse post achando-o um carro tão ruim quanto os defasados que a GM possui atualmente (o sedã substitui dois deles: a versão sedã do Corsa e o hatch médio Astra), e acabei me simpatizando com ele, bem mais com que o Logan.
Mas e então, o Cobalt é melhor do que o sedã francês? Sem dúvida. Ele é melhor no acabamento, no projeto, na construção e até no design. Então, se for comparado ao Logan, o Cobalt consegue ser bom, barato e até bonito. Além de ser bem mais moderno. Ah, e ele também tem os três anos de garantia do rival. Acho que as coisas se complicaram para o Renault.
Novo Chevrolet Cobalt
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Fontes: Revista Quatro Rodas | Interpress Motor | Divulgação/GM | UOL Carros