15 de nov. de 2011

Fiat e 500 estão tendo problemas nos EUA?

Cinquecento e EUA: combinam ou não combinam?
Ninguém falou que seria fácil. Parece que a Fiat está sofrendo em seu retorno aos EUA. A meta de vender 50.000 Cinquecentos não chegou nem perto, segundo um boletim da Automotive News, que ainda divulga um possível corte de funcionários. Mas por quê a marca não consegue se firmar por lá?

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O problema começa no passado da Fiat. Ela se retirou do mercado americano justamente por ter uma péssima imagem. Para se ter uma ideia, a marca ganhou um "novo significado" para seu nome na época em que ainda comercializava carros por lá: Fix It Again, Tony (algo como "conserte isso de novo, Tony"), em alusão à má qualidade dos carros, que tinham a fama de quebrar muito.
No Brasil, o Fiat 500 vai muito bem, obrigado. O novo preço fez o carro atingir sua meta de vendas.
Para ajudar, em sua volta, a montadora julgou "conhecer" os americanos através da associação com a Chrysler, achando que eles já estavam preparados para comprarem carros pequenos e urbanos por conta da crise, como o 500. Uma decisão equivocada, em se tratando de um país onde se tem grandes picapes como modelos mais vendidos (com números que não parecem serem desanimadores) e carros como Kia Soul, Hyundai Elantra, Honda Civic e Toyota Corolla no seguimento de "compactos". "Se eles são compactos, o 500 é o quê?", deveria a Fiat pensar.

Outro erro da Fiat foi divulgar uma estimativa alta de vendas: 50 mil carros por ano (cerca de 4.000 por mês), sendo que o compacto vendeu 15.826 unidades até o final de outubro (uma média de 1.500 por mês, mas as vendas foram irregulares e crescentes). Sergio Marchionne deveria ter feito o que a Fiat brasileira fez agora com o Novo Palio, jogar um número meio baixo (14.000 carros por mês, 6.000 do Palio Fire e 8.000 da nova geração), se o carro vender mais, excelente, senão, não vai haver uma sensação de fracasso do modelo.
Os problemas, como visto, realmente existem. Mas tudo poderia ser pior. A Fiat demorou para estrear uma campanha de fato para o carro (que começou a aparecer com mais força nos últimos meses), também atrasou no número de concessionárias (as 130 prometidas só ficaram totalmente prontas de março para cá). Esses erros, ao que parecem, não serão os mesmos com o 500 Abarth, que já está sendo anunciado e tem mais apelo ao público justamente por conter o sobrenome da divisão esportiva.

Os erros resultam na péssima notícia que a Chrysler (por lá, é como se a americana controlasse tudo) tenta esconder: dos 400 funcionários da planta que produz o 500, 100 foram dispensados no começo do mês. E a montadora admite que no final de outubro havia 140 dias de estoque para o carrinho. Com 40 dias, as montadoras já se preocupam no Brasil.
Me pergunto se a Alfa Romeo não reverteria o jogo de melhor maneira se voltasse antes da Fiat. Com uma melhor fama, obtida através da desejada volta da marca de esportivos, a Fiat poderia mostrar que mudou, limpar sua imagem (ou construir uma nova) e talvez, conseguir as 50.000 unidades sonhadas por ano. Mas agora é meio tarde, a demora em providenciar a volta da Alfa também não ajuda em nada a relação Fiat-EUA, que, sem dúvida, nunca foi de amor.


O problema da Fiat nos EUA é quase crônico como o problema de emplacar carros caros de sucesso no Brasil (já retratado no lançamento do Freemont por aqui). E a montadora terá que batalhar muito para reverter a situação em ambos os casos. Se serve como consolação, pelo menos, o 500 é um sucesso em todo o restante do mundo, agora, até no Brasil.


Veja Também:
>> Fiat divulga fotos do 500 americano no Facebook
>> "Novo" Fiat 500 é lançado e mostra potencial que não tinha sido apresentado aos brasileiros da primeira vez
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Fontes: UOL Carros  |  Automotive News              Fotos: Fiat/Divulgação

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