Sandero é o modelo mais vendido do grupo. |
A Renault teve um excelente ano, crescendo 21,6% graças à grandes sucessos. A marca foi a que mais cresceu no país, e ainda emplacou o hatch Sandero no top 10 brasileiro, inclusive chegando muito próximo de carros como Fiat Palio em certos meses. O sedã Logan, que sempre teve boas vendas, também continuou sendo sucesso. Já o Clio, apesar de não ter vendas tão boas, depois que ficou mais barato e ganhou 3 anos de garantia, cresceu em vendas.
Recém-chegado, o SUV Duster encontrou no Brasil o seu segundo maior mercado, apenas atrás da França. |
Como se não bastasse, a perua Grand Tour cresceu incríveis 244,5% em 2011, já que ganhou preço de perua compacta com tamanho e equipamentos de média. Outras gratas surpresas foram os lançamentos do sedã Fluence, que no último mês vendeu 1.693 unidades desbancando carros como Hyundai Elantra, e do utilitário esportivo compacto Duster, que assumiu a liderança do seguimento, até então do Ford EcoSport, em seu primeiro mês cheio de vendas.
Aliás, assim como o EcoSport, é bom a Ford se cuidar, já que até 2016 a meta da francesa é encostar na marca americana, chegando a ter 8% de participação do mercado brasileiro (vale lembra às duas marcas, porém, que a Hyundai não vai facilitar o caminho). Já para o ano que vem, a previsão é de crescer um ponto percentual, atingindo 6,5%. Para isso, a marca já preparou mudanças em sua fábrica: com investimento de 500 milhões de reais, a capacidade deve passar dos 100 mil carros/ano. Além disso, a rede de concessionárias também será fortalecida, passando das 176 de janeiro para 204 até o fim do ano. Nesse ano foram 12 lançamentos, em 2012 serão sete.
Versa é a nova aposta da Nissan, junto com o compacto March. E a aposta vem dando lucros. |
Quanto à japonesa Nissan, a maior vitória foi ganhar reconhecimento do público, que antes chegava a confundir a marca com a fabricante de miojo Nissin, passando de cerca de 30.000 unidades para 50.000 em um ano no período janeiro-novembro. Um bom fator que ajudou nisso foi a campanha Pôneis Malditos.
O sucesso também se dá a dois lançamentos: o compacto March e o sedã médio-compacto Versa. O primeiro está vendendo muito bem, no último mês, chegou a mais de 2.000 unidades.
Qual a receita do grupo?
Apesar de vender bem, a parceria não é sinônimo de design na maioria dos casos. Os carros são esquisitos, mas possuem grande apelo econômico e um bom custo-benefício. Os preços básicos são bons e chamam atenção. A garantia, de 3 anos, aplicada na maioria dos modelos, é superior à de muitos concorrentes. Além disso, o espaço é a grande arma de modelos como Versa, Sandero e Logan. Ou até mesmo a "tecnologia e inovação japonesa", que virou arma (e slogan) na batalha de vendas.
O grupo mostrou que o design não é mais tudo no mundo automotivo, pelo menos para a classe média, o que, infelizmente, vem incentivando outras marcas. Será que não dava para unir o design europeu das marcas ao custo-benefício brasileiro? Por favor, Renault-Nissan.
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Fontes: Interpress Motor | iCarros | Web Motors