Vamos à análise: o Cruze Sport6 (não sei de onde a Chevrolet tirou que o fato de o modelo ter seis marchas deve ser colocado no nome, junto com uma denominação esportiva que não condiz com o real desempenho -- ah não, já sei sim, do fracassado Vectra GT --, não era melhor simplesmente colocar "hatch" e não inventar?), é bem equipado sim, com rodas de liga aro 17, direção elétrica, ar digital, rádio/CD com Bluetooth e MP3, freios com ABS, EBD e PBA (sistemas antitravamento, de distribuição eletrônica de frenagem e força adicional para frenagem de emergência), controles de tração e de estabilidade, quatro airbags (duplo frontal e lateral) e câmbio manual de seis marchas.
Para se ter noção, o Ford Focus, um excelente carro, provavelmente o mais elogiado do seguimento, começa nos R$ 55.120, mas com motor 1.6 (enquanto o Cruze tem um 1.8). É equipado com ar condicionado, direção hidráulica, air bag duplo, rodas de liga aro 16, CD player MP3, vidros elétricos dianteiros, alarme anti-furto, dentre outros. Se você preferir comparar com a opção 2.0 GLX, intermediária, acrescenta-se freios ABS com EBD e CBC, partida através de botão e sensor crepuscular; a direção se torna eletro-hidráulica e o sistema de som é o MyConnection, mais completo.
Ainda assim, o Cruze leva vantagem: tem airbags laterais e controles de tração e estabilidade. Porém, a diferença de quase R$ 5 mil compensa (R$ 60.490 contra R$ 64.900), e você ainda pode gastá-la equipando o modelo, se preferir. E, vale lembrar, andará com um dos melhores carros do Brasil e que ainda tem um design mais bem resolvido, ao meu ver.
Em comparação com o Fiat Bravo, que começa em R$ 57.150 e tem o elogiado motor 1.8 16V E.torQ na Essence, a situação também não fica muito boa para o Chevrolet: o italiano tem um design melhor (até que o do Focus) e nessa versão, mais barata, traz ar condicionado, piloto automático, Isofix para cadeirinhas, rodas aro 16, airbag duplo e freios ABS com EBD. Equipando com ar digital, airbags laterais e de joelhos (este último, que não está no Cruze), o preço vai para R$ 62.519, caro, mas mais barato que o Cruze.
Com excessão dos controles de estabilidade e tração (de série na versão T-Jet do Bravo, só para constar), os outros dois modelos são bem vantajosos e mais bonitos, mais harmônicos. Isso porque nem foi colocado neste post comparações com o Peugeot 308, que tem um excelente custo-benefício, e o adorado e desejado Hyundai i30. Ainda assim, o Cruze pode ser sucesso, um sucesso injusto, mas pode. E enquanto o brasileiro continuar a aceitar esses preços exorbitantes, mais as marcas irão se aproveitar do Brasil, como tantas outras estão fazendo.
A própria Chevrolet vai repetir a fórmula com o lançamento do Sonic, que em sua versão top, chegará por aproximadamente R$ 60 mil, como diz o regulamento de uma promoção da marca. É, quem diria que um carro que no resto do mundo foi feito para ser o primeiro de jovens, ou seja, relativamente barato, aqui chegará bem mais caro que seus concorrentes (Novo Punto,
Fontes: UOL // Chevrolet // Fiat // Ford
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