Salão de NY: o retorno do Viper e a morte do Veracruz

O 500º post do FVC dá início à cobertura do Salão de Nova York 2012. (Fotos: Divulgação)

A Chrysler quase acabou. A Chrysler decidiu que não era rentável continuar com o Dodge Viper. A Chrysler se juntou à Fiat. A Chrysler voltou a fazer sucesso. A Chrysler decidiu voltar com o Viper. A Chrysler apresentou o Novo Viper na abertura do Salão de Nova York, acrescentando um novo capítulo à história deste ícone americano, que fez até a SRT, até então "apenas" a preparadora oficial do grupo, ser promovida a montadora.

Besteiras foram faladas quando a volta do modelo foi anunciada por conta do projeto ser desenvolvido sob os olhos da Fiat. Esqueça todos os boatos. Tudo aquilo que era ruim no Viper (entenda-se, um interior pobre) foi consertado, e o que era bom foi melhorado. O visual segue a identidade do modelo, com a necessária atualização, deixando a víbora moderna e sem  perder a sua imponência, pelo contrário, o Viper parece estar ainda mais nervoso.

No desenvolvimento da nova versão, a Fiat tomou a decisão acertada de rechear o novo SRT Viper de tecnologia e requinte. O resultado não poderia ser melhor. (Chrysler/Divulgação)

O interior não tem nem comparação com o antigo. Cheio de mimos, os materiais são de alta qualidade (lembra até o de algumas Ferrari), tudo é moderno e o requinte é de se notar, ainda mais em comparação com o antigo. Agora, há uma tela no centro do painel, semelhante à do Dart, com o sistema multimídia. Os instrumentos também mudaram, mas preservaram a história: a clássica imagem de uma víbora no conta-giros ainda está lá.

Carroceria é composta de alumínio (portas) e fibra de carbono (capô, teto e algumas partes), mais aços de baixa e alta resistência, o carro ficou 45% mais leve; rigidez torcional aumentou 50%. (Chrysler/Divulgação)

Outra marca registrada que não poderia deixar de estar presente no retorno do Viper é um motor V10 (o modelo foi o primeiro carro de rua a contar com este tipo de motor). Mas agora são 648 cavalos à disposição de quem conseguir domar a serpente, graças ao motor 8.4 V10, com o pesado torque de 82,8 kgmf. Um desempenho violento. Para ajudar no controle, o Viper teve que passar a oferecer controles de tração e estabilidade. Para os puristas não reclamarem (tanto), porém, a Fiat decidiu manter o câmbio manual, agora, com seis marchas.

Podem falar o que quiser da Fiat, mas a italiana só fez bem à Chrysler e, querendo ou não, os americanos terão que admitir que o Viper é mais um resultado dessa boa aliança.

O logotipo é novo, mas as linhas remetem a antiga versão. O resultado é um Viper atualizado, mas sem perder sua essência. (Chrysler/Divulgação)

Nova geração do Hyundai Santa Fe aposentará Veracruz também
Podemos dizer que ninguém ficou tão surpreso com as primeiras informações sobre a nova geração do Santa Fe. O problema mesmo era aquele aparelho bucal na grade (que, por um momento, parecia ter desaparecido).

Surpresa mesmo foi quando, no Salão de Nova York, a marca anunciou duas versões diferentes para o carro: a Sport, com cinco lugares, e a de sete, sem sobrenome. A sul-coreana diz que o Veracruz nunca fez muito sucesso nos EUA e, assim, achou melhor fazer uma versão um pouquinho diferente para o Santa Fe, que tem mais nome, que possa suprir o SUV maior. Então tá.

De cima para baixo: versões de sete e de cinco lugares, com alterações visuais. (Hyundai/Divulgação)