O Optima está entre o Cerato e o Cadenza. (Kia Motors/Divulgação) |
Finalmente a Kia consegue colocar no mercado brasileiro o seu sedã médio-grande, o Optima. O modelo era esperado para o fim do ano passado, mas surgiram imprevistos, como a grande aceitação em outros mercados (um bom imprevisto, diga-se de passagem) e o aumento do IPI. Mais esportivo que seus concorrentes, o sul-coreano quer muito mais do que você pensa que ele é.
Por conta de seu design jovial e agressivo, o Optima aparenta ser menor e de uma categoria "sem cara de tiozão" como a de Mercedes Classe C e BMW Série 3, concorrentes apontados pela Kia. Porém, a briga acontecerá mesmo com o seu irmão de projeto, o Hyundai Sonata, além do Ford Fusion. Falando em projeto, o Optima é fruto de duas equipes da marca em parceria: a americana e a alemã.
O resultado vai agradar quem não liga muito para linhas que passaram um pouquinho da conta. Sim, o Optima é um carro muito bonito, mas um pouco exagerado também. Porém, é uma alternativa para os sóbrios sedãs desse seguimento e tem tudo para virar sucesso por aqui também, aproveitando a boa onda da Kia.
O Optima possui alguns exageros, como a roda e as lanternas bem maiores do que a parte funcional mas, no geral, agrada. (Kia Motors/Divulgação) |
A chegada no modelo aposta nesse visual e na fartura de equipamentos, para compensar a estreia atrasada e um preço que, vamos dizer, não é dos mais baratos. Ar-condicionado digital dual-zone, direção elétrica, rodas aro 18, bancos em couro com ajuste elétrico e memória e sistema multimídia com comandos no volante e entradas para USB e iPod são de série, além de sistema de fixação de cadeirinhas Isofix, ABS com EBD e BAS, controles de tração e estabilidade, Hill Holder (assistente de arrancada em rampas) e seis airbags (o Sonata oferece oito).
Mais barato, sem dúvida, que Mercedes e BMW, o Optima é um pouco caro em comparação com concorrentes mais "abrasileirados": o pacote acima, de entrada, custa R$ 96.900. Há um mais caro, que acrescenta teto solar panorâmico, partida sem chave e faróis xênon por R$ 105.900. O Fusion começa próximo dos 84 mil na tabela, mas pode ser encontrado até por 80.000; há o Malibu, que está esperando nova geração e nunca foi sucesso, com preço sugerido de R$ 99.900, mas que pode ser encontrado com descontos de até 10 mil; e o Sonata, mais próximo, na casa dos 97 mil.
Sobriedade do interior é um choque de filosofia perante o exterior, mas tudo é bem cuidado. (Kia Motors/Divulgação) |
Está certo que o Fusion não paga IPI por vir do México, enquanto os outros não têm esse benefício. Em oposição, o Ford está prestes a mudar, assim como o Malibu. Já o Sonata, conta com a sua "mamãe" Hyundai para garantir o sucesso e é um concorrente difícil de ser batido graças à espécie de magia que a marca possui sobre brasileiros. A conclusão é que podemos dizer que o Optima está na média do seguimento, e tem como vantagens ter sido bem aceito no mundo, ser um projeto moderno e atraente.
Outro ponto do modelo em comum com os oponentes é seu motor, de cilindrada bem semelhante. É um Theta II 2.4 16V de quatro cilindros em linha CVVT, a gasolina, que rende 180 cavalos. O câmbio é de seis marchas sequencial, com paddle-shift.
Se o Optima tem tanta coisa em comum com os outros por que comprá-lo? Simples: o diferencial do Kia está simplesmente no design, você quer um sedã sóbrio e sem graça ou esportivo com certos exageros? Responda essa pergunta e você descobrirá se o Optima é para você.
Kia Optima
Fontes: Kia Motors - Divulgação / Quatro Rodas / iCarros / Interpress Motor
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